SOMOS DO CONTRA

Bem vindos a este espaço que se quer acima de tudo de contestação e de humor.
Dizer mal só por dizer.
Bater no ceguinho.
Deitar abaixo pelo prazer de deitar abaixo.
Da politica ao futebol, passando pela religião.
Não queremos e não vamos poupar ninguém.

Vamos então começar que se faz tarde...

terça-feira, 27 de abril de 2010

Memorias de um outro Portugal

Enviaram-me. Vale a pena perder uns minutos a ler.

Terça-feira, 20 de Abril de 2010
MEMÓRIAS DO PORTUGAL RESPEITADO
Corria o ano da graça de 1962. A Embaixada de Portugal em Washington recebe pela mala diplomática um cheque de 3 milhões de dólares (em termos actuais algo parecido com € 50 milhões) com instruções para o encaminhar ao State Department para pagamento da primeira tranche do empréstimo feito pelos EUA a Portugal, ao abrigo do Plano Marshall.
O embaixador incumbiu-me - ao tempo era eu primeiro secretário da Embaixada - dessa missão.
Aberto o expediente, estabeleci contacto telefónico com a desk portuguesa, pedi para ser recebido e, solicitado, disse ao que ia. O colega americano ficou algo perturbado e, contra o costume, pediu tempo para responder. Recebeu-me nessa tarde, no final do expediente. Disse-me que certamente havia um mal entendido da parte do governo português. Nada havia ficado estabelecido quanto ao pagamento do empréstimo e não seria aquele o momento adequado para criar precedentes ou estabelecer doutrina na matéria. Aconselhou a devolver o cheque a Lisboa, sugerindo que o mesmo fosse depositado numa conta a abrir para o efeito num Banco português, até que algo fosse decidido sobre o destino a dar a tal dinheiro. De qualquer maneira, o dinheiro ficaria em Portugal. Não estava previsto o seu regresso aos EUA.
Transmiti imediatamente esta posição a Lisboa, pensando que a notícia seria bem recebida, sobretudo num altura em que o Tesouro Português estava a braços com os custos da guerra em África. Pensei mal. A resposta veio imediata e chispava lume. Não posso garantir a esta distância a exactidão dos termos mas era algo do tipo: "Pague já e exija recibo". Voltei à desk e comuniquei a posição de Lisboa.
Lançada estava a confusão no Foggy Bottom: - não havia precedentes, nunca ninguém tinha pago empréstimos do Plano Marshall; muitos consideravam que empréstimo, no caso, era mera descrição; nem o State Department, nem qualquer outro órgão federal, estava autorizado a receber verbas provenientes de amortizações deste tipo. O colega americano ainda balbuciou uma sugestão de alteração da posição de Lisboa mas fiz-lhe ver que não era alternativa a considerar. A decisão do governo português era irrevogável.
Reuniram-se então os cérebros da task force que estabelecia as práticas a seguir em casos sem precedentes e concluíram que o Secretário de Estado - ao tempo Dean Rusk - teria que pedir autorização ao Congresso para receber o pagamento português. E assim foi feito. Quando o pedido chegou ao Congresso atingiu implicitamente as mesas dos correspondentes dos meios de comunicação e fez manchete nos principais jornais. "Portugal, o país mais pequeno da Europa, faz questão de pagar o empréstimo do Plano Marshall"; "Salazar não quer ficar a dever ao tio Sam" e outros títulos do mesmo teor anunciavam aos leitores americanos que na Europa havia um país - Portugal - que respeitava os seus compromissos.
Anos mais tarde conheci o Dr. Aureliano Felismino, Director-Geral perpétuo da Contabilidade Pública durante o salazarismo (e autor de umas famosas circulares conhecidas ao tempo por "Ordenações Felismínicas" as quais produziam mais efeito do que os decretos do governo). Aproveitei para lhe perguntar por que razão fizemos tanta questão de pagar o empréstimo que mais ninguém pagou. Respondeu-me empertigado: - "Um país pequeno só tem uma maneira de se fazer respeitar - é nada dever a quem quer que seja".
Lembrei-me desta gente e destas máximas quando há dias vi na televisão o nosso Presidente da República a ser enxovalhado pública e grosseiramente pelo seu congénere checo a propósito de dívidas acumuladas.
Eu ainda me lembro de tais coisas, mas a grande maioria dos Portugueses de hoje nem esse consolo tem.
Estoril, 18 de Abril de 2010




Luís Soares de Oliveira

Um elefante vê uma cobra pela primeira vez.

Muito intrigado pergunta:
- Como é que fazes para te deslocar? Não tens patas!
- É muito simples - responde a cobra - rastejo, o que me permite avançar.
- Ah... E como é que fazes para te reproduzires? Não tens tomates!
-É muito simples - responde a cobra já irritada - não preciso de tomates,
ponho ovos.
-Ah... E como é que fazes para comer? Não tens mãos nem tromba para levar a
comida à boca!
-Não preciso! Abro a boca assim, muito grande, e com esta enorme garganta
engulo a minha presa directamente.
- Ah... Ok! Ok! Mas então, resumindo.... rastejas, não tens tomates e só
tens garganta...

Este governo nomeou-te director de quê ??????!!!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Manso é a tua Tia, pá



Não vou defender o sr. Francisco Louçã. Nem criticar (muito - só o bastante para ele insultar a minha tia e demais família) o sr. pseudo-engenheiro José Sócrates. Já muito se escreveu e disse sobre a triste (e habitual) arrogância e falta de educação do (infelizmente) nosso primeiro ministro.
Mas pensemos um bocado:
1º - Ele foi eleito pela maioria dos portugueses (sabe Deus como) e a maioria dos portugueses responderia da mesma maneira se os chamassem de mansos (expressão habitualmente utilizada para quadrúpedes de grande porte - e o nosso primeiro não tem um porte assim tão grande)...
2º - Como sugeriu e bem o sr. Diogo Duarte no seu blogue Invictum ( http://invictum.blogspot.com/ ) Sócrates aposta no crescimento das pequenas e médias empresas e decide dar uma ajudinha à Cão Azul.
Não tarda e "Manso é a tua tia, pá!" será um sucesso de vendas.
3º - Como ele fez o exame de inglês por fax também deve ter feito o de português: Sr. Primeiro-Ministro a frase que devia ter utilizado era: "MansA é a tua tia, pá" tem de fazer concordância de género se é UMA tia é mansA se é UM tio é Manso. acho que não é tão dificil de perceber.
Arrogância e falta de educação é dificil de tolerar em quem ocupa o cargo que ele ocupa mas ignorância é demais.

E já agora aqueles que criticaram o Dr. Francisco Louçã (e no caso deste não há dúvidas quanto à licenciatura - e já agora ao doutoramento) aos que o criticaram, dizia eu, por chamar manso ao pseudo-engenheiro oiçam bem o que ele diz, não tirem as coisas do contexto e não tentem defender a falta de educação do pseudo-engenheiro:
os argumentos que eu ouvi e li um pouco por toda a parte fazem lembrar os putos da escola "ele é que começou" e tretas do género.

Para terminar comparo a triste frase do nosso primeiro aquele pequeno e celebre gesto que fez com que o Dr. Manuel Pinho saísse do governo - se tivesse tomates e vergonha na cara o primeiro ministro tinha feito isso... mas se nem as suspeitas de ilegalidades várias e corrupção o fazem demitir-se não há-de ser a falta de educação que o vai fazer.