SOMOS DO CONTRA

Bem vindos a este espaço que se quer acima de tudo de contestação e de humor.
Dizer mal só por dizer.
Bater no ceguinho.
Deitar abaixo pelo prazer de deitar abaixo.
Da politica ao futebol, passando pela religião.
Não queremos e não vamos poupar ninguém.

Vamos então começar que se faz tarde...

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Socrates vs Louçã

30-04-2008 - 22:56h
Sócrates: uma boa piada sobre currículos
A propósito de Francisco Louçã
Por: Luís Sobral

José Sócrates tem fama de se sair bem no Parlamento. É verdade que os modelos de debate parlamentar o protegem e não será exagero dizer que este é um daqueles casos em que a fama é bem maior do que o proveito.
Esta quarta-feira era um dia particularmente delicado para ir ao Parlamento, mesmo com a maioria do lado do primeiro-ministro. Os combustíveis acabavam de aumentar pela enésima vez, o Governador do Banco de Portugal revia em baixa o crescimento para 2008 e previa um 2009 difícil, apenas umas horas depois de o Presidente da República ter dito algo na mesma linha, em resposta a más notícias da Comissão Europeia.
Como se não bastasse, na véspera do Dia do Trabalhador uma multinacional mandou mais quatro centenas para o desemprego, notícia que abriu os noticiários da manhã. Para piorar, Alberto João Jardim tarda em avançar e Santana Lopes não sabe o que fazer depois da sua vontade de sair mais ou menos sozinho para um candidatura que ninguém deseja. A um ano das eleições, o PSD parece enfim decidido a deixar de ajudar o governo.
Apesar destas dificuldades e do tom aparentemente irritado, José Sócrates deu mostras de inesperado sentido de humor. Ao dirigir-se a Francisco Louçã disse, entre outras coisas, que o deputado do Bloco de Esquerda não «tinha currículo nem idade» para uma coisa qualquer que a plateia (sorridente?) já não reteve. Um primeiro-ministro capaz de fazer piadas sobre si próprio, eis a última surpresa de Abril.
(in diário IOL)

ora depois desta tirada de génio houve quem se desse ao trabalho de comparar os corriculos dos dois senhores. Resultado?
Vejam:

José Socrates

Educação
José Sócrates estudou nas escolas básicas e secundárias da Covilhã, cidade onde viveu na sua juventude. Ingressou em 1975 no recém-criado Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC), em Coimbra, tendo obtido em 1979 um diploma de bacharelato como engenheiro técnico civil.

Entre 1987 e 1993, esteve matriculado no curso de Direito da Universidade Lusíada, em Lisboa, tendo-o contudo abandonado. Participou no curso de Engenharia Sanitária para engenheiros municipais da Escola Nacional de Saúde Pública.

No ano lectivo de 1994/95 ingressou no Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL) de modo a obter um Diploma de Estudos Superiores Especializados (DESE), um complemento ao seu bacharelato, diploma esse que as instituições não-universitárias (politécnicas) estavam autorizadas a ministrar em vez das tradicionais licenciaturas que eram exclusivamente oferecidas nas instituições universitárias. Contudo abandonou esta opção, tendo-se inscrito na Universidade Independente, uma universidade privada em Lisboa, de molde a fazer um número determinado de cadeiras que lhe conferisse a licenciatura em engenharia civil em vez do DESE politécnico. Em 1996, José Sócrates obteve um diploma de licenciatura em engenharia civil pela Universidade Independente. Em Março de 2007, a licenciatura de José Sócrates em Engenharia Civil, obtida na Universidade Independente, foi posta em causa, bem como o uso do título engenheiro quando ainda era engenheiro técnico ou sendo apenas licenciado em engenharia civil. Uma investigação oficial sobre a validade das habilitações de José Sócrates concluiu que ele não incorreu em qualquer ilegalidade, contudo a Universidade Independente foi encerrada em 2007 por falta de qualidade pedagógica e má conduta ética e administrativa, através de um processo paralelo movido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior português.

Sócrates frequentou, sem todavia o concluir, um mestrado no ISCTE, tendo-lhe sido atribuido um diploma de MBA por aquela instituição em 2005, referente à parte lectiva do mestrado que frequentou.
Carreira profissional

Na área da engenharia civil
Durante a década de 80, José Sócrates especializou-se na execução de diversos projectos de âmbito privado, nomeadamente habitações na zona da Covilhã.


Na área comercial
Foi sócio fundador da empresa Sovenco, Sociedade de Venda de Combustíveis Lda., com sede na Reboleira, Amadora, em que está registado na matrícula da sociedade em 1990. A aventura empresarial de Sócrates foi curta (menos de um ano) e literalmente para esquecer: mais tarde, quando a revista Focus desenterrou esse episódio, jurou que estava a ouvir falar dessa empresa «pela primeira vez». Só após algum esforço de memória se lembrou que tinha sido sócio.


Carreira política
A carreira política de Sócrates iniciou-se logo após a Revolução dos Cravos, como membro da JSD da Covilhã, de onde saiu, logo no ano seguinte. Já no Partido Socialista, ao qual se filiou em 1981, tornou-se presidente da concelhia da Covilhã e presidente da federação distrital de Castelo Branco, cargo que ocupou entre 1986 e 1995. Em 1987, foi, pela primeira vez, eleito deputado, pelo distrito de Castelo Branco. A sua primeira intervenção enquanto deputado numa questão de âmbito nacional consistiu na defesa de projecto-lei legalizando a possibilidade da prática do nudismo. A sua personalidade chamou a atenção dos dirigentes do partido e passou a integrar o Secretariado Nacional do Partido Socialista, em 1991.

Em 1995, tornou-se membro do primeiro governo de António Guterres, ocupando o cargo de secretário de Estado-adjunto do ministro do Ambiente. Dois anos depois, tornou-se ministro-adjunto do primeiro-ministro, com as tutelas da Toxicodependência, Juventude e Desporto. Foi, nessa qualidade que se tornou num dos impulsionadores da realização, em Portugal, do Euro 2004.

Em Outubro de 1999, já no segundo governo de António Guterres, transitou para a pasta de ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território, cargo que ocupou até à tomada de posse do XV Governo Constitucional, em Abril de 2002. Enquanto ministro, foi protagonista de diversas polémicas, como a questão da co-incineração de resíduos tóxicos, bem como o licenciamento do Freeport, o maior "outlet", a céu aberto da Península Ibérica, que, violando os sucessivas pareceres desfavoráveis da Comissão Europeia, o fez cair sob a alçada da Polícia do Reino Unido . Com a vitória do Partido Social Democrata, nas Eleições Legislativas, Sócrates regressou à Assembleia da República, na condição de deputado da oposição, e, simultaneamente, comentador político num dos canais da televisão estatal, a Radiotelevisão Portuguesa. Depois da demissão de Ferro Rodrigues, em 2004, Sócrates venceu, por larga maioria, as eleições para a Direcção do P.S., nelas derrotando Manuel Alegre e João Soares.

Foi José Sócrates quem conduziu o PS nas eleições legislativas de 2005, apresentando-se como cabeça de lista pelo distrito de Castelo Branco. Ganhou as eleições com maioria absoluta. Consequentemente, tornou-se primeiro-ministro de Portugal, em 12 de Março de 2005.

Durante o seu exercício da Presidência Rotativa da União Europeia, na segunda metade de 2007, foi assinado, pelos 27 Membros da União, o Tratado de Lisboa, reprovado, em Referendo Popular, no dia 12 de Junho de 2008, pela República da Irlanda.


Funções governamentais
desde 12 de Março de 2005 - Primeiro-ministro do XVII Governo Constitucional
23 de Janeiro de 2002 a 6 de Abril de 2002 - Ministro do Equipamento Social do XIV Governo Constitucional
25 de Outubro de 1999 a 6 de Abril de 2002 - Ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território do XIV Governo Constitucional
25 de Novembro de 1997 a 25 de Outubro de 1999 - Ministro-adjunto do Primeiro Ministro do XIII Governo Constitucional
30 de Outubro de 1995 a 25 de Novembro de 1997 - Secretário de Estado Adjunto do Ministro do Ambiente

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de José Socrates)
Ir para: navegação, pesquisa


Francisco Louçã

Actividades políticas
Participou na luta contra a ditadura e a guerra no movimento estudantil dos anos setenta, foi preso na Capela do Rato (Dezembro de 1972); libertado de Caxias sob caução. Adere à LCI em 1973 (transformada em PSR em 1979) e faz parte da sua estrutura da direcção quando do 25 de Abril de 1974, participando na luta política desde então.

Escreveu ou fez crónicas de rádio em diversos órgãos de comunicação social (O Jornal, Público, TSF, Antena 1, etc.)

Fundador do Bloco de Esquerda em 1999 e membro da sua direcção desde essa data. Eleito deputado por Lisboa em 1999, reeleito em 2002 e em 2005. No Parlamento, pertence às comissões da área de economia e finanças e, durante uma legislatura, pertenceu igualmente à comissão de liberdades, direitos e garantias.

Foi um dos intervenientes na preparação da reforma fiscal parcial de 2000, de que algumas medidas emblemáticas foram logo revogadas pelo governo Guterres e depois pelos governos das direitas. Fez parte de várias comissões de inquérito e dirigiu a bancada do Bloco de Esquerda no parlamento durante alguns anos.

Apresentou e defendeu inúmeros projectos de lei da sua bancada, alguns dos quais foram aprovados nestas três legislaturas: criminalização da violência doméstica, acesso livre à contracepção de emergência, descriminalização do consumo de drogas e nova política para a toxicodependência, legalização das medicinas alternativas, lei sobre a informação genética e pessoal de saúde, redução dos prazos do trabalho a prazo, novas políticas fiscais e outras. Defendeu projectos que foram recusados, nomeadamente sobre a criação de um imposto sobre as grandes fortunas, sobre as regras para o levantamento do segredo bancário para efeitos de combate à fraude fiscal, generalização da banda larga, separação entre drogas leves e duras, administração médica de canabinóides em doentes terminais e crónicos e outros.

Participou como convidado no Fórum Social Mundial de Porto Alegre e em diversos fóruns e contra-cimeiras na Europa. Participou nos movimentos sociais contra a guerra imperial, com Mário Soares, Freitas do Amaral, Maria de Lurdes Pintasilgo, Boaventura Sousa Santos, Carvalho da Silva e muitas outras personalidades. É membro da direcção do Partido da Esquerda Europeia. Participou em conferências políticas em diversos países, como a França, Inglaterra, Alemanha, Espanha, Suiça, Holanda, Bélgica, Brasil, Chile, Uruguai, Paraguai, Nicarágua, Equador, Colômbia e Argentina.

Em 2005, tendo sido convidado pelo Banco Mundial para participar com quatro outros economistas, incluindo um Prémio Nobel, numa conferência científica em Pequim, foi desconvidado por pressão directa do governo chinês alegando razões políticas.


Actividades académicas
Frequentou a escola pública em Lisboa no Liceu Padre António Vieira (prémio Sagres para os melhores alunos do país), o Instituto Superior de Economia (prémio Banco de Portugal para o melhor aluno de economia), onde ainda fez o mestrado (prémio JNICT para o melhor aluno) e onde concluiu o doutoramento em 1996. Em 1999 fez as provas de agregação (aprovação por unanimidade) e em 2004 venceu o concurso para Professor Associado, ainda por unanimidade do júri. É professor no ISEG (Universidade Técnica de Lisboa), onde tem continuado a dar aulas e onde preside a um dos centros de investigação científica (Unidade de Estudos sobre a Complexidade na Economia).

Recebeu em 1999 o prémio da History of Economics Association para o melhor artigo publicado em revista científica internacional. É membro da American Association of Economists e de outras associações internacionais, tendo tido posições de direcção em algumas; membro do conselho editorial de revistas científicas em Inglaterra, Brasil e Portugal; “referee” para algumas das principais revistas científicas internacionais (American Economic Review, Economic Journal, Journal of Economic Literature, Cambridge Journal of Economics, Metroeconomica, History of Political Economy, Journal of Evolutionary Economics, etc.). Foi professor visitante na Universidade de Utrecht e apresentou conferências nos EUA, Inglaterra, França, Itália, Grécia, Brasil, Venezuela, Noruega, Alemanha, Suíça, Polónia, Holanda, Dinamarca, Espanha.

Publicou artigos em revistas internacionais de referência em economia e física teórica e é um dos economistas portugueses com mais livros e artigos publicados (traduções em inglês, francês, alemão, italiano, russo, turco, espanhol, japonês).

Terminou em Agosto um livro sobre “The Years of High Econometrics”, que será publicado brevemente nos EUA e em Inglaterra.


Carreira
Coordenador da Comissão Política do Bloco de Esquerda, desde a IV Convenção do BE, em 2005.
Doutoramento e Agregação em Economia, leccionando no Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa.
Deputado eleito pelo círculo de Lisboa em 1999, 2002 e 2005.

Obras publicadas
Ensaios políticos
Ensaio para uma Revolução (1984, Edição CM)
Herança Tricolor (1989, Edição Cotovia)
A Maldição de Midas – A Cultura do Capitalismo Tardio (1994, Edição Cotovia)
A Guerra Infinita, com Jorge Costa (Edições Afrontamento, 2003)
A Globalização Armada – As Aventuras de George W. Bush na Babilónia, com Jorge Costa (Edições Afrontamento, 2004)
Ensaio Geral – Passado e Futuro do 25 de Abril, co-editor com Fernando Rosas (Edições D. Quixote, 2004)
Livros de Economia
Turbulence in Economics (edição Edward Elgar, Inglaterra e EUA, 1997), traduzido como Turbulência na Economia (edição Afrontamento, 1997)
The Foundations of Long Wave Theory, com Jan Reinjders, da Universidade de Utrecht (edição Elgar, 1999), dois volumes
Perspectives on Complexity in Economics, editor, 1999 (Lisboa: UECE-ISEG)
Is Economics an Evolutionary Science?, com Mark Perlman, Universidade de Pittsburgh (edição Elgar, 2000)
Coisas da Mecânica Misteriosa (Afrontamento, 1999)
Introdução à Macroeconomia, com João Ferreira do Amaral, G. Caetano, S. Santos, Mº C. Ferreira, E. Fontainha (Escolar Editora, 2002)
As Time Goes By, com Chris Freeman (2001 e 2002, Oxford University Press, Inglaterra e EUA); já traduzido para português (Ciclos e Crises no Capitalismo Global - Das revoluções industriais à revolução da informação, edições Afrontamento, 2004) e chinês (Edições Universitárias de Pequim, 2005)
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Lou%C3%A7%C3%A3"

Sem comentários: